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Entre Notas #06
72% empresas não estão prontas para Reforma Tributária

O que você sabe sobre Duplicata Escritural? O recente anúncio do BC sobre a fase de testes do registro obrigatório deste novo título de crédito, que exige adaptação de sistemas e integração com escrituradoras, pode pegar muitos de surpresa por não estarem por dentro dessa revolução silenciosa no mercado de antecipação de recebíveis.
Por isso, nesta edição, use os próximos minutos para conferir esta e as principais notícias que podem estar fugindo do seu radar, diante do turbilhão de atualizações fiscais e financeiras que precisa acompanhar. Aproveite esse momento como ponto de partida para ajustar sua rota para o ano que vem!

💰 Começa a fase de testes das duplicatas escriturais: CERC, B3 e Nuclea iniciam validações e a V360 é pioneira no lançamento do Gerenciador de Duplicatas Escriturais, integrado às escrituradoras homologadas pelo BACEN;
📊 Estudo: 72% das empresas ainda não estão preparadas para Reforma Tributária e o Comitê Gestor do IBS lança cartilha orientativa de apuração do IBS;
🏛️ Split Payment fica para 2027 e sua obrigatoriedade dependerá da maturidade tecnológica do mercado;
💻 Receita Federal: a comunicação com empresas será 100% digital em 2026 via DTE. APIs gratuitas da CBS prometem alavancar a automação fiscal no Brasil;
🌍 Fiscal Global: CFO da Netflix critica imposto brasileiro em disputa bilionária e reacende debate sobre a necessidade urgente de simplificação tributária;
🎓 Semana da Eficiência Fiscal e Pagamentos a Fornecedores reúne os maiores especialistas do mercado — FGV, B3, Alma Law, Ipiranga, Meta, ITC e V360 — para traduzir, na prática, os impactos da Reforma Tributária e da Duplicata Escritural;
🧠 O que o excesso de urgência está nos fazendo deixar de ver: entenda como a falta de foco pode comprometer a liderança e a clareza nas decisões.

COMEÇA A FASE DE TESTES DAS DUPLICATAS ESCRITURAIS, V360 SAI NA FRENTE E LANÇA GERENCIADOR INTEGRADO ÀS ESCRITURADORAS OFICIAIS
O Banco Central (BC) deu o sinal verde para a transformação do mercado de crédito no Brasil, aprovando o Plano Conjunto de Testes Homologatórios da Duplicata Escritural. As principais escrituradoras de mercado, como CERC, B3 e Nuclea, já iniciaram os testes. A CERC anunciou prontidão, alavancando seus R$ 5 trilhões em recebíveis já processados, enquanto a B3 detalhou um plano de quatro meses de testes funcionais e não funcionais para validar todo o fluxo, da criação à liquidação dos títulos, mirando um mercado que movimenta R$ 10 trilhões anuais. A expectativa do BC é que a implementação inicial ocorra no primeiro trimestre de 2026, com adoção escalonada.
Antecipando-se à mudança e pioneira em solução integrada às escrituradoras, a V360, plataforma de automação de pagamentos a fornecedores, anunciou o lançamento do seu Gerenciador de Duplicatas Escriturais. A ferramenta automatiza toda a jornada do novo título para as empresas: captura as duplicatas escriturais, associa aos documentos fiscais (via Ingresso Fiscal), realiza a conciliação, trata divergências e executa a liquidação integrada às registradoras. A petroleira Prio já atua como empresa-piloto, validando a solução que garante conformidade e eficiência operacional na nova era do crédito.
Tem dúvidas sobre Duplicata Escritural? Pergunte ao assistente virtual gratuito disponível no Portal para te apoiar nesta transição.

A 3 MESES DA REFORMA TRIBUTÁRIA, 72% DAS EMPRESAS AINDA ESTÃO DESPREPARADAS E COMITÊ GESTOR LANÇA CARTILHA ORIENTATIVA PARA EMISSÃO DA NF-E DO IBS
Faltando poucos meses para o início das primeiras obrigações da Reforma Tributária, um levantamento da V360 revelou que 72% das empresas de médio e grande porte ainda não estão preparadas para as novas regras de recolhimento e declaração de tributos sobre consumo, que começam a valer em 1º de janeiro. O estudo, que ouviu 355 companhias de setores como varejo, indústria e agronegócio, mostra que apenas 28,1% têm um plano estruturado de adaptação, enquanto 33,2% nem sequer discutiram internamente os impactos da mudança. O alerta é grave: companhias que não se adequarem podem enfrentar bloqueios de faturamento e falhas em pagamentos de fornecedores, já que as novas notas fiscais terão mais de 200 campos de adequação e o processo será totalmente eletrônico.
Enquanto muitas empresas ainda tentam entender a complexidade das novas obrigações, o mercado já sente os efeitos da transformação. Segundo a consultoria Robert Half, mais da metade das empresas (53%) pretende contratar novos profissionais para lidar com o cenário, priorizando perfis híbridos, que unem conhecimento fiscal e domínio tecnológico. Esses especialistas serão fundamentais para integrar sistemas, ajustar ERPs e traduzir as novas regras do IBS e CBS em parametrizações e análises de negócio.
Nesse contexto, para garantir uma transição segura e competitiva com informação confiável, foi lançado o site oficial do Comitê Gestor do IBS como canal de transparência da Reforma Tributária, publicando decisões, documentos técnicos e orientações. Na última sexta-feira (14/11), o site disponibilizou o 1º Volume da Cartilha Orientativa de Apuração do IBS, que detalha as regras de emissão de documentos fiscais eletrônicos, seus novos campos e eventos, bem como os efeitos dessas emissões nos sistemas operacionais do Comitê, como o Sistema de Apuração Assistida.


SPLIT PAYMENT FICA PARA 2027 E SUA OBRIGATORIEDADE DEPENDERÁ DA MATURIDADE DO MERCADO

(Foto: Portal Contábeis)
O Governo confirmou que o split payment, sistema de recolhimento automático de tributos previsto na Reforma Tributária, ficará para 2027 e será implementado de forma opcional e por etapas. A primeira fase abrangerá apenas as operações entre empresas (B2B), com a obrigatoriedade e a expansão para o consumo final (B2C) ficando sem data definida. Segundo a Receita Federal, o cronograma vai depender da maturidade tecnológica do mercado, já que instituições financeiras e prestadores de serviço ainda precisarão adaptar seus sistemas para operar o modelo em todos os meios de pagamento, como Pix, boletos e cartões.
Especialistas avaliam que o faseamento é uma medida prudente, necessária para garantir estabilidade e reduzir riscos operacionais, mas alertam que o prazo é apertado e o desafio técnico elevado. A previsão é de que 2026 seja dedicado a testes e ajustes regulatórios, sem cobrança de tributos ainda. Apesar do otimismo da Receita, há quem duvide da viabilidade do cronograma: segundo o setor financeiro, a complexidade da integração pode empurrar o funcionamento efetivo para 2028. Até lá, o split payment segue como uma promessa de modernização tributária, adiada, mas estratégica para o novo modelo fiscal.

FIM DAS CARTAS DA RECEITA FEDERAL: COMUNICAÇÃO COM EMPRESAS SERÁ 100% DIGITAL EM 2026 E APIS GRATUITAS DA CBS PROMETEM AUTOMATIZAR O FISCO

A Receita Federal confirmou que, a partir de 1º de janeiro de 2026, todas as empresas brasileiras de qualquer porte serão obrigadas a utilizar o Domicílio Tributário Eletrônico (DTE) como canal exclusivo de comunicação com o Fisco. Prevista na Lei Complementar nº 214/2025, que regulamenta a Reforma Tributária do Consumo (RTC), e no Decreto nº 70.235/1972, a medida determina que todas as notificações, intimações e avisos fiscais sejam enviados somente pela Caixa Postal do Portal e-CAC. A leitura das mensagens será considerada ciência oficial, mesmo sem acesso do contribuinte, ou seja, os prazos legais começam a contar a partir do envio da notificação, reforçando a necessidade de acompanhamento constante. O DTE tem como objetivo aumentar a agilidade, transparência e segurança na relação entre Fisco e empresas, além de eliminar o papel e acelerar processos administrativos. A Receita alerta que ignorar mensagens não isenta de penalidades e orienta as empresas a acessar frequentemente o e-CAC, manter dados atualizados e criar rotinas internas de verificação para evitar multas e perda de prazos.
Como parte do mesmo movimento de modernização, a Receita anunciou que em novembro de 2025 disponibilizará as primeiras APIs gratuitas da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) em ambiente piloto, permitindo integração automática entre os sistemas das empresas e o Fisco. Segundo o gerente do programa da Reforma Tributária, Marcos Flores, as conexões “máquina a máquina” vão preparar o país para a Administração Tributária 3.0, modelo da OCDE que torna a relação entre Fisco e contribuinte mais colaborativa e digital. As novas APIs permitirão automatizar declarações, eliminar lançamentos manuais e aumentar a produtividade contábil, beneficiando empresas que adotarem a tecnologia desde o início.
Na prática, o Brasil dá um salto rumo à gestão tributária inteligente, com o DTE e as APIs da CBS consolidando o ecossistema fiscal 100% digital, rastreável e conectado em tempo real.

CFO DA NETFLIX CRITICA IMPOSTO BRASILEIRO EM DISPUTA BILIONÁRIA E REACENDE DEBATE SOBRE A REFORMA TRIBUTÁRIA

A Netflix voltou os holofotes do mundo para um antigo problema brasileiro: o peso e a complexidade dos tributos. Em seu balanço do terceiro trimestre, a empresa informou que uma disputa fiscal no Brasil reduziu significativamente seu lucro global e o CFO, Spencer Neumann, não poupou críticas. Segundo ele, a cobrança da Cide-Tecnologia — tributo que incide sobre pagamentos ao exterior — custou US$ 619 milhões (R$ 3,4 bilhões) à companhia, derrubando o lucro para US$ 2,5 bilhões, abaixo das projeções de Wall Street. O executivo afirmou que “É o custo de fazer negócios no Brasil”, destacando que o imposto não existe em nenhum outro país em que operam. A decisão do STF, que ampliou o alcance da Cide mesmo para serviços sem transferência de tecnologia, consolidou um precedente que afeta não só a Netflix, mas todo o setor de tecnologia que opera no país.
O impacto foi nas ações da gigante do streaming, que caíram mais de 7% na Nasdaq após o anúncio, refletindo a percepção de risco sobre o ambiente tributário brasileiro. A Cide, criada em 2000 para financiar inovação, tornou-se símbolo do custo de conformidade fiscal no país, um gargalo que até gigantes globais enfrentam. O caso reforça o alerta para a urgência da Reforma Tributária, que busca simplificar e modernizar o sistema, reduzindo distorções e criando um modelo mais previsível e competitivo. Em um mercado cada vez mais globalizado, a disputa da Netflix com o Fisco escancara uma verdade incômoda: sem simplificação, o Brasil continuará caro e complexo, até para quem já domina o mundo digital.

O QUE O EXCESSO DE URGÊNCIA ESTÁ NOS FAZENDO DEIXAR DE VER

No cenário atual, onde a tecnologia muda mais rápido do que conseguimos acompanhar, líderes e profissionais das áreas fiscal e financeira podem viver em constante estado de alerta. São atualizações da Reforma Tributária, novas regras, reuniões urgentes e entregas simultâneas competindo por mais do que é possível absorver. A psicóloga Emily Balcetis compara nossa atenção a uma lanterna dos nossos olhos: o centro revela o que é nítido; as bordas só captam movimento. Em meio a tantas mudanças, ela oscila sem direção e o raciocínio estratégico, a escuta ativa, o desenvolvimento do seu time, a identificação de oportunidades e a leitura crítica do que ocorre ao seu redor podem passar despercebidos. Assim, “ver” não é “enxergar”: os olhos acompanham as demandas, mas a consciência deixa de registrar o que realmente importa. E o que você não consegue ver?
Essa distração estrutural tem um custo silencioso. Quando o foco se dilui, decisões passam a ser guiadas pelo volume de urgências e não pela relevância. A atenção, porém, é treinável e, em contextos de alta complexidade, torna-se uma competência de sobrevivência. Treinar a atenção, aqui, significa aprender a sustentar presença mesmo sob ruído: criar pausas para interpretar, estabelecer marcos de prioridade sem deixar de lado ações que podem transformar seu dia a dia, ouvir o que seus colegas de trabalho têm a dizer, se abrir a novas formas de trabalho e redefinir o que merece estar sob sua lanterna. Em um ambiente onde tudo é urgente ao mesmo tempo, quem não controla o que sua lanterna ilumina, terceiriza o que vê e, consequentemente, o que lidera.


O MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA PARA A VIRADA DO ANO
Já está ouvindo os sininhos que anunciam a chegada da virada fiscal e financeira? Por cá, foi o chamado para reunir na mesma sala os especialistas da FGV, B3, Meta, Ipiranga, ITC, Alma Law e Visagio na 1ª Semana da Eficiência Fiscal e Pagamentos a Fornecedores, para que você termine o ano dominando a Reforma Tributária, da conformidade à automação fiscal, e as novas regulamentações da Duplicata Escritural que vão balançar o Contas a Pagar.
O evento ocorreu de 10 a 13/11 online e a boa notícia é que, se você não conseguiu acompanhar ao vivo, tudo está disponível no YouTube. Nossa sugestão? Tire um tempo na agenda, pegue um café e faça uma maratona daquelas, pois seu ano novo fiscal e financeiro vai agradecer.


SOBRE A ENTRE NOTAS
A Entre Notas é a sua pausa inteligente no ritmo da sua rotina!
Aqueles 7 minutos entre uma reunião e outra, antes de mergulhar de volta na planilha ou a caminho de casa. Aqui, você encontra o que há de mais importante no universo fiscal, financeiro e de gestão, para ser a pessoa profissional mais bem-informada, eficiente e estratégica da mesa, sem precisar virar um robô para isso. É onde a notícia complexa vira insight claro, você descobre uma dica que pode automatizar uma tarefa chata na segunda-feira e encontra a motivação para liderar sua equipe de forma mais inteligente.
Para saber mais sobre a V360, acesse o nosso site.


